sábado, 22 de agosto de 2009

50 anos de Moda no Brasil

Brasília é inaugurada em 1960...

O estilo tanto na moda como na arquitetura pode variar, mas mantém sempre uma identidade, como a obra do arquiteto Oscar Niemeyer que criou Brasília.



Maria Tereza Goulard




Influências
Cinema na moda: boina, Moda Jovem e Pop Art "A beleza nos anos 60"
Peças e looks
Minissaia, Moda pronta, Simplificação das formas, Estampas e cores vibrantes e Tailleur: estilo Chanel






Jacqueline Kennedy




Estilistas
Alceu Penna, Dener, Clodovil e Guilherme Guimarães


Mulheres ícones
Exterior: Jacqueline Kennedy, Audrey Hepburn, Twiggy e Jane Fonda
Brasil: Maria Tereza Goulart, Ieda Maria Vargas, Wanderléa e Rita Lee






Leila Diniz



Anos 70 - Leila Diniz

Símbolo do feminismo, apareceu aos 7 meses de gravidez usando biquíni (1971), numa época em que as grávidas não mostravam a barriga.






Leila Diniz




Peças e looks
Aspectos artesanais, Feminino com inspiração masculina, Saia-calça, Vestido-camisa, Chemisier,
Calça boca-de-sino, Calça e túnica, Tailleur, Vestido envelope, Comprimentos: míni, midi e máxi

Influências
Hippie, Retrô, Disco/Glitter e Moda Lingerie

Estilistas
Zuzu Angel, Markito e Fiorucci


Mulheres dos anos 70
Exterior: Caroline de Mônaco, Farah Fawcett, Diane Keaton e Cher
Brasil: Dina Sfat, Carmen Mayrink Veiga, Regina Duarte e Vera Fisher





Carmen Mayrink Veiga



Carlonine de Mônaco



Anos 80 - Exagero nas formas

Os anos 1980 foi a década do glamour, poder e consumo. As formas eram exageradas como os ombros largos e as peças folgadas. Assim se vestiam os yuppies (young urban professional), jovens profissionais que tinham o trabalho como religião.


Peças e looks
Ombros marcados, Moda jovem, Ostentação, Silhueta alongada, Acessórios, Fusô, Legging, Bermuda,
Cintura alta, Saia balonê, Macacão e Lingerie




Madonna


Influências
Novo romântico, Culto ao corpo e Beleza

Estilistas
Ney Galvão, Glória Coelho, Reinaldo Lourenço, Zoomp, Forum, Conrado Segreto e Walter Rodrigues

Mulheres dos anos 80
Exterior:
Brooke Shields, Lady Di, Madonna e Kim Basinger
Brasil: Luiza Brunet, Bruna Lombardi, Xuxa e Maitê Proença




Bruna Lombardi



Anos 90

Em 1989, cai o muro de Berlim na Alemanha e, em 1992 o presidente Fernando Collor sofre impeachment no Brasil. O excesso da moda dos anos 80 também cai. Fala-se agora ainda mais em minimalismo.


Peças e looks
Minimalismo, Peças básicas, Estilo esportivo, Moda Urbana, Blazer, Tailleur, Vestidos com recortes, Estampas de bichos e Acessórios



Glória Maria



Influências
Desfiles, Tendência Retrô/Neo Dândi, Tendência Retrô/Gráficos e ópticos e Ícone fashion

Estilistas
Lino Villaventura, Ocimar Versolato, Alexandre Herchcovitch, Ronaldo Fraga, Maria Bonita e Lita Mortari

Mulheres dos anos 90
Exterior:
Kate Moss, Meg Ryan, Uma Thurman e Demi Moore
Brasil: Glória Pires, Shirley Malmannm, Glória Maria e Christiane Oliveira



Kate Moss


Anos 2000

A mulher pode escolher o que está na moda e que, ao mesmo tempo, valorize o seu tipo físico.
Estilo se constrói, se apura. Mas, para tê-lo, é preciso se conhecer bem, se olhar no espelho, ver suas proporções, seu tipo de corpo. E, claro, aprender a disfarçar o que não gosta e a valorizar seus pontos fortes.



Angelina Jolie


Peças e looks
Corpo, Customização, Tailleur, Opostos e Acessórios

Influências
Retrô (vintage e releitura), Tecnologia têxtil, Guarda-roupa inteligente, Beleza e a Indústria da Moda no Brasil

Estilistas
Carlos Miele/M.Officer, Amir Slama/Rosa Chá, Daslu, Le Lis Blanc, Fause Haten, André Lima, Isabela Capeto e Adriana Barra

Mulheres dos anos 2000
Exterior: Nicole Kidman, Angelina Jolie e Madonna
Brasil: Grazi Massafera, Fátima Bernardes, Isabeli Fontana e Gisele Bündchen




Fátima Bernardes


Fonte: Manequim

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Soutien

A lingerie é uma autêntica arma de sedução. Longe estão as épocas em que a lingerie pouco ou nada dizia às mulheres. Hoje, esta peça de vestuário é tão importante como outra qualquer...

A lingerie apresenta uma vasta variedade de feitios, formas e de cores, aptas a serem vestidas para embelezar o corpo feminino.

As mulheres compram lingerie e compram-na com gosto e prazer, com o objectivo de se sentirem bem e de agradar o seu companheiro.

O sutiã ou soutien (do francês soutien: suporte), é um tipo de roupa usado por mulheres, servem para a proteção e sustentação das mamas.

O marco inicial foi o século XVI, quando as roupas femininas passaram a ser confeccionadas com tecidos mais claros, para diferenciar das masculinas. Com isso, veio também a tendência de cortes mais acinturados, deixando à mostra as curvas femininas, como os quadris e os seios.

Cem anos mais tarde é que surgiu o espartilho na Espanha. Ao contrário do que se pensa, o espartilho não servia para modelar o corpo, mas para disfarçar as formas, uma exigência da época. O nome é espartilho porque eram feitos de esparto (uma gramínea utilizada na fabricação de cestos). A peças recebiam também uma estrutura de barbatanas de baleia.

Cada vez mais apertada, essa peça acabou obrigatória para mulheres, o que provocava desconforto e por vezes até desmaios.
O torturante espartilho submeteu a mulher a quatro séculos de sacrifício em nome da beleza. Cordões bem apertados forçavam os seios para cima e aceleravam a respiração, em numa época na qual as mulheres se sujeitavam a problemas respiratórios, digestivos e circulatórios para terem seios sensuais.

No final de século XIX, foi criado na França o precursor do sutiã, numa tentativa de oferecer mais conforto do que o repressor espartilho. A boutique de Heminie Cadolle elaborou um modelo em tecido à base de algodão e seda, semelhante aos modelos atuais. O sutiã foi devidamente reconhecido e patenteado em 1914 nos Estados Unidos pela socialite nova-iorquina Mary Phelps Jacob.

Neste período, os homens dominavam a indústria de lingerie, e estimulavam o uso do corpete para garantirem a "virtude de suas mulheres" e também os seus lucros.

Tudo começou com um gesto de rebeldia. Jovem nova iorquina Mary Jacobs revoltou-se contra o espartilho de barbatana que não só a apertava como sobrava no vestido de noite que acabara de comprar. Com a ajuda de sua empregada, fez uma espécie de porta-seios tendo como material dois lenços, uma fita cor-de-rosa e um cordão. Depois de confeccionar cópias para as amigas, resolveu comercializar a invenção. Mais interessada no sucesso de sua criação nas festas do que nas lojas, acabou por vender a patente por 1550 dólares para a Warner Brothers Corset Company.

Nos 30 anos seguintes, a empresa iria faturar 15 milhões de dólares com esta peça de roupa.
A invenção tinha o objetivo de acomodar o seio, possibilitando moldá-lo, diminui-lo, escondê-lo ou exibi-lo. Transformou a coadjuvante roupa de baixo em protagonista do figurino da mulher com lingeries sensuais. Antes escondido, hoje é usado até como roupa de cima.
Esta peça de roupa tornou-se um aliado na busca da beleza, do conforto e da sedução.

Há milênios as mulheres vinham procurando uma matéria-prima para confeccionar algo que desafiasse a lei da gravidade e sustentasse os seios. Referências revelam que em 2000 a.C., na Ilha de Creta, elas usavam tiras de pano para modelá-los. Mais tarde, as gregas passaram a enrolá-los para que não balançassem. Já as romanas adotaram uma faixa para diminuí-los.

O espartilho surgiria na Renascença para encaixar a silhueta feminina no padrão estético imposto pela aristocracia. Por meio de cordões bem amarrados, ele apertava os seios a tal ponto que muitas desmaiavam. O sutiã apareceu para libertar a mulher daquela ditadura.

Na década de 1920, os sutiãs compunham o estilo dito "garçonne" e achatavam o busto.

Nos anos 30 a silhueta feminina volta a ser valorizada. Surgem os bojos de enchimento e as estruturas de metal para aumentar os seios.
Com a escassez da seda provocada pela Segunda Guerra (1939 a 1945), a indústria têxtil precisou buscar novos materiais. Surgem as fibras sintéticas, que davam aos soutiens elasticidade e resistência. Por 20 anos, o artigo de sustentação dos seios sofreu várias alterações, acompanhando a anatomia dos bustos generosos das estrelas da época.

Nos anos 50 com o advento do nylon, as peças ficam mais sedutoras e conquistam as estrelas de Hollywood, a atriz Brigitte Bardot aparece com um minúsculo soutien meia-taça enfeitado com rendas. Convencidas de que o soutien era o principal símbolo da repressão sexual masculina, feministas queimam soutiens em praça pública, incentivando as mulheres a abolirem o uso da peça. O protesto aconteceu em 58, logo após o surgimento da lycra.

Era o início da revolução sexual dos anos 60, momento no qual as mulheres se mostravam cada vez mais soltas. São os tempos de valorização dos seios pequenos e de soutien mais delicados e livres de costuras.
Porém, alguns anos depois, as mulheres passam a perceber que o soutien, além de acessório sedutor, tem a função de sustentar os seios, e o soutien volta a ser usado.

Nos anos 80 a lingerie para os seios passa a ser uma grande aliada das mulheres que aderiram à febre aeróbica.

Ousadia maior foi quando surgiu a transparência das rendas, os topes e outros mais, devido ao desenvolvimento dos produtos. Desse modo, a mulher ganhou o poder da opção. Como dito por especialistas: "A lingerie que se parece com você, que se move com você e que se sente como você".

Após décadas de seios camuflados, os anos 90 trazem a valorização do busto como referência de feminilidade. Junto de novos tecidos e cores, surgem modelos para realçar ou aumentar os seios. A ciência passa a ser mais uma ferramenta da indústria para garantir a satisfação das mulheres com o soutien.

A beleza da coisa é que a lingerie transforma qualquer corpo, seja bem feito ou com gordurinhas a mais. A verdade ainda maior é que, a lingerie seduz qualquer pessoa para, logo de seguida, seduzir aquele que a observar no corpo da mulher...


(Fonte: Wikipédia, www.deluc.com.br, www.firmare.ind.br)

domingo, 10 de maio de 2009

Fedora

Fedora, também chamado Borsalino, é um tipo de chapéu ordinariamente em feltro, fabricado no formato do chapéu Panamá, e que fez grande sucesso no século XX, a partir dos anos 20, embora diga-se que tenha sido inventado em meados da década anterior.
Chapéus com a copa em formato de C, denominada de coroa (pois há uma depressão na parte central), também são comumente chamados fedora.

Fedora é um nome feminino russo, versão local para Teodora , foi tornado popular na peça teatral Fédora (de Victorien Sardou feita para Sarah Bernhardt ), depois vertida em ópera por Umberto Giordano em 1898 grande sucesso no começo do século XX, tendo Enrico Caruso no papel de amante da personagem título. Embora não haja ligação aparente entre o chapéu e a peça o nome foi popularizado.

A fábrica italiana de chapéus e acessórios masculinos Borsalino reivindica a criação do modelo de chapéu, que era produzido em feltro, cuja matéria-prima era a pele de coelho. Em alguns países, como a França e até mesmo no Brasil, o fedora é comumente chamado borsalino.
No Reino Unido, o chapéu fedora é também chamado de trilby.



Chico Buarque é que usa chapéu de verdade. O chapéu, que já foi considerado símbolo de liberdade e item obrigatório do guarda-roupa de qualquer homem que se prezasse na década de 40, volta para o armário dos mais antenados.


Como usar

Tanto os gorros quantos os chapéus caem bem com um look simples, como jeans e camiseta. No inverno, vale usar um paletó ou um sobretudo. Cuidado só para não usar um chapéu muito sério com um terno, e ficar parecendo um personagem saído de um filme noir. Na dúvida, aposte num look simples, onde o chapéu seja o centro das atenções.

Os filmes de Hollywood dos anos 40 comumente traziam atores usando o fedora, como Humphrey Bogart em Casablanca ou em O Falcão Maltês, além de identificar o estereótipo de gangsters e detetives.
Esse chapéu aparece também em dois filme franceses, chamados Borsalino (1970), com Jean Paul Belmondo e Alain Delon, e Borsalino & Cia (1974), com Alain Delon, ambos dirigidos por Jacques Déray, e cuja ação se passa em Marselha em 1930 e 1934.
É também o chapéu utilizado pelo personagem Indiana Jones na série de filmes dirigida por Steven Spielberg.



Os chapéus sempre foram usados para demonstrar o status do homem. Dos primeiros modelos, estão os com as abas dobradas (usado por Luiz XIV, que não gostava de esconder seus cachinhos), e a boina (surgida no século XVI), que possuia um laço interno para que pudesse ser ajustada. Durante a Revolução Francesa surgiram os chapéus de copa alta e formato côncavo, que se desenvolveram até as cartolas.

Assim como a cartola, outros tipos de chapéu foram eternizados por certas épocas, como o chapéu coco - ícone de Charles Chaplin - que foi criado em 1850 na Inglaterra, e se imortalizou como símbolo do "homem moderno" que participava da primeira revolução industrial.

Não foi muito depois disso que o chapéu estilo cowboy entrou em voga. Mas, ao contrário do que se pode pensar, este chapéu não é criação do americano John B. Stetson, que já o produzia em larga quantidade em 1906. Tido como Mexicano (onde as abas evoluíram mais ainda) há quem diga que, na verdade, o chapéu dos cowboys veio da Espanha.



Nem cartola, nem coco, nem cowboy. Quem mandou no século passado, e até hoje, foi o chapéu Fedora. Imortalizado por grandes ídolos, como Humphrey Bogart, John Kennedy e Indiana Jones, o Fedora é o chapéu campeão de vendas até hoje .




E o Panamá? Bom, o famoso modelo nada mais é do que um Fedora feito em palha (o original é de feltro). Aliás, é este o chapéu que aparece em mais da metade dos catálogos masculinos deste inverno. Não exatamente o modelo original, mas uma cópia com as abas um pouco menores: quase uma mistura do chapéu coco e do Fedora.



E pra quem ainda não aceitou a volta total do look anos 20/30 dos chapéus mais estruturados, os bons e velhos gorros ainda ainda podem ser encontrados no melhor estilo Chaves, com abas sobre as orelhas.

domingo, 19 de abril de 2009

Roupa de cama: conforto e luxo!

Nossa cama também merece cuidados especiais , nada mais gostoso que deitar numa cama com roupa cheirosa, tecido confortável e bonito. Atualmente temos coleções de roupa de cama pra lá de "charmosa".

PERCAL

O mais famoso tecido para lençóis. O percal é produzido com fio 100% algodão. É um fio nobre na qual chamamos de penteado, ou seja, não contém impurezas e não cria bolinhas. Nesse tipo de tecido usa-se a contagem por fios, isso quer dizer quantos fios a trama possui por polegada quadrada. Não é apenas o número de fios que gera um tecido de boa qualidade. Fatores como fibra longa do algodão e um bom acabamento na tinturaria interfere muito no produto final. Em alguns casos o número elevado de fios deixa o tecido muito fechado e sem respiração, como também um número baixo produz um tecido muito aberto.

CAMBRAIA

O tecido Cambraia também é produzido em 100% algodão, só que com um fio um pouco mais grosso que o do percal. A Cambraia tem uma característica de ficar cada vez mais confortável com o passar do tempo com as lavagens consecutivas. Nesse tecido não se usa a contagem por fios.


MALHA FIO PENTEADO

A malha começou a ser usada em lençóis há pouco tempo. Esse costume veio da Europa, onde o conforto é levado muito a sério. Os lençóis de malha são tão práticos e confortáveis que podemos afirmar lençol de malha é qualidade de vida. Atenção são vários fatores que fazem um lençol de malha ser bom, muito cuidado na hora da compra. Existem muitos produtos de baixíssima qualidade no mercado. Preste atenção aos seguintes detalhes: composição: 100% algodão fio penteado (para não fazer bolinha); acabamento: Reativo ou Idantrem (para não desbotar); amaciante: toque especial; compactação: para um encolhimento mínimo e evitar deformidades; peso da malha: mínimo de 130g por metro quadrado; Ultra-Fresh: proteção antimicrobial ao tecido.


CETIM
Tecido produzido com fio 100% poliéster. Sua fama vem do alto brilho que proporciona.
Tem como característica um toque gelado e escorregadio. Muito apreciado por decoradores que procuram criar um ambiente luxuoso aos quartos. Existem três tipos de cetim: Sharmousse , Duchese e Vison, sendo o Sharmousse macio e com ultra brilho ideal.


MALHA CARDADA
Tendência a fazer bolinha e toque áspero.





TECIDO MISTO
Muito usado em lençóis estampados.
A composição mais utilizada é 67% poliéster e 33% algodão.Tendência a fazer tecidos naturais x tecidos sintéticos .
Fotos apenas ilustrativas


terça-feira, 14 de abril de 2009

Foulard ...

As revistas dizem que os lenços estão de volta à moda, algum dia esteve fora de moda?Representantes do estilo clássico, os “foulards” (fulars) ou “carrés” (carrês) de “soie” (suá), isto é, lenços ou quadrados de seda em francês, são muito apreciados, especialmente na Europa. Geralmente seguem a metragem de 70cm por 70cm ou 90cm por 90cm.

O lenço Palestino que ficou tão famoso pelas ruas tem por trás uma mensagem que poucos conhecem. O lenço é um símbolo e representa o Estado da Palestina. Alguns, conscientes, usam o lenço como forma de protesto, em oposição à ocupação Israelita, outros, simplesmente por que está na moda. É interessante também que cada cor representa uma região diferente. O lenço preto e branco representa os lados da região Palestina enquanto o vermelho e branco representa a região da Jordânia e Iraque.
A referência está em todas as revistas de moda desde a pré-temporada de inverno.
É simplesmente impossível sair por aí sem topar com dezenas de pessoas, homens e mulheres, enrolados em lenços Palestinos obedecendo as cores da moda.

O acessório pegou de tal maneira que suas releituras estão presentes mesmo nas coleções de verão. Em tecidos mais leves, floridos ou com estampas variadas, eles parecem ter vindo para ficar por um bom tempo. O modelo ideal é bem grande, quadrado e com franjinhas. Dobrado na diagonal, ele fica triangular, pronto para ser enrolado no pescoço de maneira bem despojada, meio frouxinho. Nos tecidos e cores do verão, garantem um colorido para a sobriedade das roupas de inverno - e são uma ótima idéia para o clima brasileiro, que não exige cachecóis e pacheminas.


Um lenço bem passado com um bonito nó pode dar o efeito desejado sem que isso signifique um investimento pesado no orçamento. Para aquelas que trabalham de terno é um toque a mais que, pode tornar-se a marca pessoal.

No pescoço ou até mesmo na cintura, os lenços compõem, enriquecendo o visual, dando um toque de elegância.



Pesquisa: Manequim e Elle

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Estudar Moda ...


Estamos vendo algo acontecer que já tínhamos visto em outros tempos. Teve um tempo que a moda era ser Médico, depois Engenheiro, Arquiteto e Belas Artes para os descolados. Aí veio a febre da Propaganda onde todo mundo queria ir para criação. Passamos pelo Turismo, Web Design, Gastronomia e até Robótica. Agora a moda é estudar Moda. Em cada canto deste Brasil está abrindo um curso ou uma Faculdade de Moda. Isso é bom porque em todos os segmentos do varejo de moda, desde a fiação, tecelagem, criação, modelagem, produção e vendas teremos mais profissionais capacitados. É necessário estudar muito, pois a competitividade vai ser muita e como em tudo, só os bons vencem. Nada substitui o talento.

Estudar a melhor Moda

Faculdade de Moda não é o que todo mundo pensa, normalmente você vai querer logo em ser estilista, cortar tecidos, costurar, mas não é só isso, quando você faz Faculdade de Moda, existem diversos cursos muito legais. Tem sempre um que combina mais com seu jeito de ser e seus talentos.


David Dowton

CURSOS

Bacharelado em Design de Moda
Objetivo: formar profissionalmente o designer para atuar na área da moda, visando atender à cadeia têxtil e de vestuário, nos aspectos de criação, projeto e desenvolvimento de produto.

CAD Aplicado ao Desenvolvimento de Coleção-Sistema LECTRA
Objetivo: o uso de microcomputadores como apoio para o trabalho de criação permite que os desenhos de moda sejam facilmente modificados durante o desenvolvimento de uma coleção. O CAD é um dos programas de computador mais utilizados no mercado para esta finalidade. Nesse curso, o aluno conhecerá e praticará os principais recursos disponíveis no CAD para o desenvolvimento de coleções.

Desenho de Moda
Objetivo: desenvolver no aluno a aptidão para o desenho e ilustração de moda.

Desenho Técnico de Confecção através do Corel
Objetivo: capacitar o usuário na utilização da ferramenta Corel Draw no desenvolvimento de desenhos técnicos de e peças do vestuário para utilização em ficha técnica de produto.

Design Têxtil
Objetivo: formar designers têxteis capacitados no desenvolvimento de projetos de estamparia, tecelagem e malharia, integrando criatividade e tecnologia e com foco no cliente para os mercados de vestuário e interiores.


David Dowton

Estilismo em Confecção Industrial
Objetivo: habilitar profissionalmente recursos humanos para o fashion design nos aspectos da criação, produção e comercialização de produtos têxteis, do vestuário e de acessórios de moda em geral.

Gestão do Design Têxtil e do Vestuário
Objetivo: promover o aperfeiçoamento de profissionais na Gestão do Design para as indústrias do vestuário, através de estudos desenvolvidos em parcerias com empresas.

Pesquisa de Moda
Objetivo: nesse curso, o participante aprenderá a usar metodologias para seleção e análise de fontes de pesquisa, utilizadas na formação de conceitos de moda, elaboração de cronogramas, criação de temas e no auxílio à adequação do produto ao público-alvo desejado.




Produção de Moda
Objetivo: capacitar o aluno a selecionar e utilizar corretamente as principais ferramentas para o desenvolvimento do trabalho de produção de moda nos segmentos: produção individual, fotos editoriais e publicitárias, figurinos, vitrines e apresentação de desfiles.

Programação Visual de Vitrines
Objetivo: a disposição das mercadorias, a iluminação e o trabalho com cores em uma vitrine atraem a atenção dos clientes, gerando oportunidades de venda. Com o curso de Programação Visual de Vitrines, os participantes aprenderão a montar qualquer tipo de vitrine de loja…e por aí vai…O campo da moda exige muito estudo, trabalho, criatividade e imaginação

David Dowton
Fonte: Paulo Fernando – Pesquisa Birô Brasil

domingo, 29 de março de 2009

Noivas

Romântica - vestido tem que ser ultra feminino, tecidos fluidos, babados, flores, bordados, rendas, decote e transparência

Eu não me casei (ainda), mas acredito que , um sonho para a maioria das mulheres, é entrar com um belo vestido de noiva pela igreja e dizer o tão esperado “Sim”.
A história do vestido está ligada à própria origem do casamento, que surgiu com o objetivo de legalizar uma unidade familiar, seja para a legitimação dos filhos e da herança, o estabelecimento de alianças entre famílias e clãs ou a reunião e troca de bens e riquezas. Por isso, esqueça a visão romântica. Para alguns povos o casamento era um ato mais comercial que de amor. Durante muito tempo, e por sua importância sócio-econômica, foi considerado impróprio deixar os corações falarem mais alto. Já o vestido de noiva tem uma história bem recente.

As informações sobre a história do vestido de noiva começam com a época bíblica, em que os noivos participavam de uma cerimônia religiosa e suas famílias, preparavam-os com banhos especiais e óleos aromáticos.

De início, as cores eram variadas, contanto que os vestidos fossem luxuosos. Até porque o casamento era visto como um arranjo comercial e o vestido da noiva servia justamente para mostrar à sociedade que as famílias tinham posses. "Os vestidos podiam ser de qualquer cor, inclusive muito se usou vermelho em épocas mais remotas, como na Idade Média (entre 476 d.C. e 1453 d.C.) e em culturas diferentes, como no Japão, Índia e China".

Na Roma civilizada, as futuras esposas usavam uma túnica branca e se envolviam com um véu de linho bem delicado na cor púrpura. Nos cabelos, as jovens arrumavam com tranças e o enfeitavam com flores.

Na época bizantina, o vestido de noiva passou a ser voltado à elegância. As noivas casavam-se com seda vermelha bordada em ouro e as tranças no cabelo também eram feitas com ouro, simbolizando o poder. Na Idade Média, o cristianismo no Ocidente trouxe os costumes matrimoniais. O vestido de noiva surgiu nesse período com a função de apresentar à comunidade as posses da família da moça.

Com o passar dos séculos, os vestidos foram modernizando-se, seguindo as tendências da moda. Se antes, eram pesados e volumosos, agora as noivas optam por um tubinho tomara-que-caia. O véu é opcional. A cor branca ainda é a preferida, por simbolizar a pureza. Mas como gosto é pessoal, as noivas também optam por tons de pérola, rosa claro e até mesmo, cores mais fortes como amarelo e vermelho.

O branco foi impulsionado pela Rainha Vitória como nova tendência, embora só se tenha popularizado a partir do século XX. A tradição do vestido de noiva branco começou no século XIX quando a rainha Vitória escolheu um modelo de cetim branco debruado de flores de laranjeira. A tendência espalhou-se rapidamente pela nobreza e pelas mulheres de classe alta. No entanto, a maioria ainda preferia vestidos coloridos, que poderiam ser usados noutras ocasiões.



Estilo Victoriano "vermelho"



Um dos vestidos de noiva mais famosos do mundo foi o que a Lady Diana usou em seu casamento com o príncipe Charles, em 1981, foi criada uma releitura do vestido da Rainha Vitória, em 1840, com inspiração no Romantismo

Somente na década de 20 o vestido de noiva passou a ter a conotação que conhecemos hoje e o branco passou a ser a cor padrão. Ironicamente, esse foi o período que as mulheres começaram a lutar por direitos iguais e a moda sofreu mudanças drásticas, mas a peça tornou-se símbolo da pureza e do ideal romântico do casamento. Até hoje, todos os convidados querem saber como a noiva está vestida e quem criou o seu vestido. Durante décadas, os desfiles de alta-costura terminavam com apresentação de vestidos de noiva e este era sempre o ponto alto


Moderno
Você é contemporânea, ligada nas tendências de moda, quer um vestido que seja realmente original, que tenha um detalhe inusitado, pode ser uma combinação de tecidos ou de texturas, algo que surpreenda


Tomara-que-caia de zibelina com corte evasê - Estola de flores

Outro ícone de estilo casava-se com o futuro presidente do EUA, Jacqueline Bouvier Kennedy escolheu um vestido com os ombros à mostra, de uma estilista pouco conhecida, chamada Anne Lowe. Para o seu segundo casamento, com Aristóteles Onassis, em 68, Jackie usou um vestido criado por Valentino. Em 1996, sua nora, Carolyn Bessette, trouxe Narciso Rodriguez para o mapa da moda quando vestiu um dos seus modelos minimalistas no seu casamento com John Kennedy Jr.

Em 1956, o vestido de casamento de Grace Kelly com o príncipe Rainier de Mônaco, em que a atriz foi considerada uma das noivas mais bonitas de sempre, continua a ser referência de moda e apontado como um dos vestidos mais bonitos.

Curiosidades:

Em 1910 começa-se a usar o branco, não como sinônimo de pureza, mas como expressão de riqueza.

Uma década mais tarde, as noivas libertaram-se e começam a mostrar as pernas com vestidos de linha reta. É o auge do veludo branco.
Em 1930 revive-se o estilo Victoriano com mangas em balã.
Foi nos dourados anos 50 que a moda tinha o selo Christian Dior. O glamour, a fantasia, e o luxo desenfreado inspiraram o traje das noivas.

Na década dos anos 60 viveu-se revolução sexual, as mini-saias estiveram na moda nupcial, flores naturais nos longos cabelos e véus mais curtos.

Em 1970 os casamentos recuperaram a sua importância e em 1980 o traje que simbolizava a riqueza da época era o de Lady Di.
Hoje em dia, os vestidos de casamentos deixam-se influenciar por diferentes correntes, ditadas por estilistas que buscam a sua inspiração nas passarelas de alta costura de Nova York e Paris.


Reto - tubo curto de renda com saiote com barra de musselina de seda removível
Marie Toscano


Corte Sereia , corpete em renda

sexta-feira, 27 de março de 2009

"A Moda muda, o estilo permanece"...

O mundo não seria o mesmo não fosse Coco Chanel, a genial costureira francesa que, com inteligência, talento e espetacular senso de marketing, inventou a mulher moderna. Em matéria de roupa, é claro. Quando Chanel nasceu, mulher elegante tinha de ter formas opulentas, espremer-se em espartilhos sob vestidos volumosos e equilibrar na cabeça chapéus imensos. Quando Chanel morreu, em 1971, aos 88 anos, a madame de classe era magra e suas roupas sóbrias e bem cortadas : "A moda muda, o estilo permanece".
Gabrielle Bonheur Chanel, (Saumur, 19 de agosto de 1883 - Paris, 10 de janeiro de 1971), mais conhecida como Coco Chanel.

De família numerosa: tinha quatro irmãos (dois meninos e duas meninas). O pai, Albert Chanel, era caixeiro-viajante e a mãe, Jeanne Devolle, era doméstica. Depois da morte precoce da mãe, que faleceu de tuberculose, o pai de Chanel ficou com a responsabilidade de tomar conta dos filhos. Devido à profissão de seu pai, Coco e as irmãs foram educadas em um colégio interno, enquanto que os irmãos foram trabalhar numa quinta.

Em 1903, com vinte anos, Gabrielle saiu do colégio e tentou procurar emprego na área do comércio e da dança (como bailarina) e também faz suas tentativas no teatro, onde raramente teve grandes papéis devido à sua estatuta. Vendo, ninguém diria: Coco Chanel era franzina, quadris estreitos, seios pequenos. Compensava com o raciocínio rápido, o olhar ardente, a voz rouca e possivelmente outros atributos, menos publicáveis, que lhe garantiram uma alentada lista de conquistas a vida inteira. O primeiro amante rico, o francês Étienne Balsan, apresentou-a a artistas e cortesãs que se tornariam as divulgadoras iniciais do seu estilo.

Por volta de 1910, na capital parisiense, Coco vai conhecer o grande amor da sua vida: um milionário inglês, o cobiçado playboy Arthur “Boy” Capel, instalou-a em Paris e financiou sua primeira loja. Ajudou-a abrir sua primeira loja de chapéus. A loja Chanel iria se tornar um sucesso e apareceria nas revistas de moda mais famosas de Paris. Com este relacionamento, Chanel aprendeu a freqüentar o meio sofisticado da Cidade Luz. Algum tempo depois, Capel acabou a relação para casar com uma inglesa e meses mais tarde morreu num desastre de carro.

Com este desgosto, Chanel abriu a primeira casa de costura, comercializando também chapéus. Nessa mesma casa, começou a vender roupas esportivas para ir à praia e para montar a cavalo. Pioneira, também inventou as primeiras calças femininas.

Mais adiante, o riquíssimo duque de Westminster a cobriu de jóias e pôs à sua disposição tecelões de primeira. Daí para a frente, o mundo foi de Chanel.

No início dos anos 20, Chanel conheceu e apaixonou-se por um príncipe russo pobre, Dmitri Pavlovich, que tinha fugido com a sua família da Rússia, então União Soviética. A sua relação com Paulovitch a fez desenhar roupas com bordados do folclore russo e, para isso, contratou 20 bordadeiras. Neste período, Chanel conheceu muitas artistas importantes, tais como: Pablo Picasso, Luchino Visconti e Greta Garbo.



As jóias que ganhou de amantes ricos inspiraram a inédita mistura de pedras falsas e verdadeiras ,
surgia a bijuteria fina, um dos produtos de maior sucesso da marca Chanel


Suas roupas vestiram as grandes atrizes de Hollywood, e seu estilo ditava moda em todo o mundo. Além de confecções próprias, desenvolveu perfumes com sua marca. Os seus tailleurs são referência até hoje.

Em 1921, criou o perfume que a iria converter numa grande celebridade por todo mundo, o nº5. O nome referia-se ao seu algarismo da sorte. Depois deste perfume, veio o nº17, mas este não teve o mesmo êxito que o nº5.

Durante a Segunda Guerra Mundial, Chanel fechou a casa e envolveu-se romanticamente com um oficial alemão. Reabriu-a em 1954.
No final da guerra, os franceses conceituaram este romance mal e deixaram de frequentar a sua casa. Nesta década, Chanel teve portanto dificuldades financeiras. Para manter a casa aberta, começou a vender suas roupas para o outro lado do Atlântico, passando a residir na Suíça.

Devido à morte do ex-presidente norte-americano John Kennedy e à admiração da ex-primeira dama Jackie Kennedy por Chanel, começou a aparecer nas revistas de moda com a criação do seu tailleur . Depois voltou a residir na França.

Faleceu no Hotel Ritz Paris em 1971, onde viveu por anos. O seu funeral foi assistido por centenas de pessoas que levaram as suas roupas em sinal de homenagem.


Chanel é sinônimo de tailleur, o duas-peças em que cada costura é pensada de forma a não impedir os movimentos e que segue reinventado pela grife que mantém seu nome. Outros símbolos: camélia e correntes no pescoço

Os chapéus, que adorava, por sua influência tornaram-se um acessório leve, elegante, fácil de usar. As roupas de tecidos moles e sedutores ganharam corte inteligente (cava alta, para se erguer o braço sem problemas, fita interna na cintura para prender bem a blusa), sem 1 centímetro a mais de tecido. Das mãos de Chanel – que nunca desenhou nada e trabalhava direto no tecido, sentada no chão, a boca cheia de alfinetes – saíram o tal "pretinho básico", que a revista Vogue batizou de "Ford dos vestidos" porque todas as mulheres iam ter um, e o célebre tailleur: saia, casaquinho com arremate trançado e bolsinhos. A mais perfeita modelo de Chanel era Chanel, a imagem da mulher moderna: esbelta, sem espartilho, cabelo curto, rosto bronzeado. Suas idéias tinham a simplicidade do gênio. Friorenta, adotou peles no forro e nos detalhes de seus modelos e casacos com grandes bolsos. Pôs uma correntinha na bolsa e a pendurou no ombro, para facilitar. Sucesso mundial. Em suas mãos, a calça comprida virou uma roupa feminina e chique – ela mesma foi uma das primeiras a usar calças largas, tipo "pijama", em festas e jantares finos.

Chanel fez a mulher ficar magra, já que gorduchas nunca couberam bem em suas criações. Cobrava muito dinheiro por um tailleur, mas, num tempo em que a pirataria ainda não era uma dor de cabeça planetária, orgulhava-se de ver seus modelos copiados mundo afora. Também foi por sua obra e graça que os acessórios saíram dos fundos das lojas para a área nobre das vitrines. Nos anos difíceis do pós-guerra, foi com perfumes, luvas e camélias estilizadas – flor que virou marca registrada – que Chanel se sustentou.

"Uma revolução" – Chanel nunca se casou, nem teve filhos, foi amiga de gente famosa, como Pablo Picasso, Igor Stravinski, Jean Cocteau e Winston Churchill – que deu um jeitinho para que não fosse presa no fim da II Guerra, por haver passado os anos de ocupação de Paris instalada no hotel Ritz com o amante, um barão alemão. Não escapou do ostracismo, do qual só saiu em 1954 com um grande desfile. A Europa torceu o nariz, mas a imprensa de moda americana adorou. No ano seguinte, a revista Life decretaria: "Ela está influenciando tudo. Aos 71 anos, está trazendo mais que um estilo – uma revolução". Era a insuportável mademoiselle, de volta à velha mas muito moderna forma que marcou sua vida e a de quase todas as mulheres do mundo.



Os sapatos bicolores sempre foram os favoritos de Chanel


A bolsa a tiracolo foi feita para livrar a mão da mulher, praticidade juntou-se
o charme da corrente dourada e do matelassê




Em 1921, fez-se o Chanel nº 5, primeiro perfume a ter frasco sem adornos e a levar o nome de sua criadora.
É ainda hoje o mais vendido do mundo


"A era Chanel"
Edmonde Charles-Roux
Tradução: Paulo Neves
Quarta capa: Constanza Pascolato
Um dos maiores ícones da moda no século XX, Chanel (1883-1971) sempre se distinguiu por uma postura modernista e radicalmente inovadora. Em tempos de mulheres submissas, ela era a própria personificação da modernidade, relacionando-se intimamente com a vanguarda intelectual e artística de sua época. O sucesso de Chanel foi imenso: seu reinado sobre o mundo da alta-costura durou cerca de meio século. Entender o poder da imagem foi seu maior mérito. Com um estilo incomparável, era apaixonada pelo discreto charme do guarda-roupa masculino e inovou ao usar tecidos utilitários para fazer roupas chiques, jovens e casuais. Como mulher de negócios, provou ser igual ou superior aos homens. Porém, se a moda esteve no centro de toda sua vida, no amor era uma mulher vulnerável. Mais que um belo relato sobre uma vida e uma obra extraordinárias, este é um livro fascinante, que registra em cerca de quatrocentas fotografias, retratos e desenhos, a trajetória da maior personagem da moda de todos os tempos.


Algumas frases marcantes :
“Não gosto que falem da moda Chanel.Chanel é antes de tudo um estilo.A moda sai de moda, o estilo, jamais.”
“O luxo não é o contrário da pobreza, mas da vulgaridade.”
“Uma mulher sem perfume é uma mulher sem futuro.”Coco Chanel

Após terem passado tantos anos do seu reinado na moda, podemos verificar que o estilo Chanel não morreu, ele permanece nos cabelos, sapatos, roupas, marcando território entre as mulheres que desejam ser discretas, elegantes e acima de tudo, clássicas.

quarta-feira, 25 de março de 2009

O eterno Xadrez


O tecido xadrez foi criado por proprietários de terras na Escócia, durante o século XIX, como alternativa para o tartã, considerado inadequado ao uso diário ou ao trabalho. Durante o século XX, foi usado, a princípio, somente em ternos e casacos masculinos, mas logo tornou-se popular para as mulheres em costumes, mantôs, xales, saias, vestidos e na década de 60 também passou a ser usado em calças femininas.

É também oitocentista o surgimento na Índia de um padrão autenticamente anglo-indiano: inspirados pelos xadrezes escoceses e britânicos, os indianos misturaram fios tingidos em azul (com índigo) e amarelo (com curcuma) produzindo um policromático quadriculado em sobreposição, e tudo isso aconteceu na cidade indiana de Madras, que deu seu nome a esse padrão, o xadrez madras. Hoje ele é produzido com uma variedade imensa de cores.

Tartã é o nome de um tecido de lã de trama fechada, gramatura leve e possui padrões diferentes usados para identificar os clãs da Escócia. O tecido possui listras diferentes que se cruzam criando desenhos em xadrez de várias larguras. Na Idade Média era colorido com pigmentos naturais de amoras, morangos e framboesas.

Por volta de 1703, os clãs passaram a empregar a estampa xadrez, para distinguir as suas famílias. Cada uma delas criou o seu tartã para diferentes ocasiões : celebrações, caçar, trabalhar e até mesmo para namorar.

Na década de 40, frequentemente a rainha Vitória fazia visitas a sua propriedade em Balmoral, na Escócia, e isso incentivou a moda de roupas de tartã, já que o uso era apropriado para datas comemorativas. Após a Segunda Guerra Mundial os kilts e saias de tartã tornaram-se populares.

No início do século XX começam a surgir os primeiros xadrezes de composição, ou seja, desenhados. Esse tipo de xadrez não resulta da sobreposição cruzada de listras, mas da repetição do quadrado. O xadrez de Vichy é um bom exemplo desse rapport quadriculado, sendo originalmente feito apenas em preto-e-branco nessa cidade francesa, desde meados do século XIX. Ainda no tear vemos novo xadrez nascer, no entrelaçamento dos fios de trama com os do urdume, produzindo uma espécie de desenho em gancho, o famoso pied-de-poule (pé-de-galinha em francês). Seu nome se deve ao formato em pontas parecido com os pés de uma ave. Quando o padrão é executado em desenho ampliado recebe o nome de pied-de-coq (pé-de-galo).
Foi esse xadrez que a revolucionária Coco Chanel levou para as roupas femininas na década de 30, quando essa padronagem era considerada absolutamente masculina. Chanel também inovou lançando uma coleção de bolsas e meias com estampas de tartans escoceses em plena Segunda Guerra. Coco Chanel transformou o pied-de-poule em sinônimo de moderno no xadrez.
Coco Chanel



pied-de-poule


Foi Coco Chanel que trouxe para o guarda roupa feminino, roupas elegantes e confortáveis no padrão tartã. Na década de 70, com o surgimento dos punks o xadrez foi usado como detalhes e tinha a intenção de ironizar e romper com os ícones culturais, exigindo mudanças sociais e comportamentais. Nos anos 80 vários estilistas famosos lançaram calças nessa padronagem, entre eles a inglesa Vivienne Eastwood.

Esse padrão estará mais comum na versão P/B (preto e branco) e continuará com força total para o Inverno 2009.

O xadrez tartã mostra a que veio e tomou conta de vários desfiles internacionais, em meio a várias padronagens e tecidos, tais como: príncipe de galles, risca de giz, veludos, tweeds, lãs feltradas e escovadas, couros, rendas, bouclês, etc.

Dentre os xadrezes compostos, o chessterfield é também um clássico com suas inspirações decô, e ainda hoje é muito utilizado em várias versões, principalmente em forrações. Nos anos 20 o pintor holandês Piet Mondrian desconstruiu o xadrez em sua magnífica obra neoplasticista, influenciando todo o design e arte decorativa, industrial e publicitária posteriores. Pois é, esse simpático padrão tem uma história que fascina, cheia de aventuras, dramas e talentos, sendo o xadrez verdadeiro labirinto de quadrados, um mantra geométrico dessas quatro partes.


Modelo em tafetá by Bianca Marques


Galocha em xadrez pied-de-poule






Use em saias-calças, tops e até paletós para um toque bem-humorado.
Evite em locais de maior volume.
Geralmente aumentam a silhueta.
Misture xadrez com outras estampas ou em mix de diversos xadrezes.
Proibido usar a mesma estampa em overdose.
Se estiver na calça, evite na blusa.
Parceiro número um dos jeans e das botas.
Fonte: Revista Elle/Manequim