domingo, 10 de maio de 2009

Fedora

Fedora, também chamado Borsalino, é um tipo de chapéu ordinariamente em feltro, fabricado no formato do chapéu Panamá, e que fez grande sucesso no século XX, a partir dos anos 20, embora diga-se que tenha sido inventado em meados da década anterior.
Chapéus com a copa em formato de C, denominada de coroa (pois há uma depressão na parte central), também são comumente chamados fedora.

Fedora é um nome feminino russo, versão local para Teodora , foi tornado popular na peça teatral Fédora (de Victorien Sardou feita para Sarah Bernhardt ), depois vertida em ópera por Umberto Giordano em 1898 grande sucesso no começo do século XX, tendo Enrico Caruso no papel de amante da personagem título. Embora não haja ligação aparente entre o chapéu e a peça o nome foi popularizado.

A fábrica italiana de chapéus e acessórios masculinos Borsalino reivindica a criação do modelo de chapéu, que era produzido em feltro, cuja matéria-prima era a pele de coelho. Em alguns países, como a França e até mesmo no Brasil, o fedora é comumente chamado borsalino.
No Reino Unido, o chapéu fedora é também chamado de trilby.



Chico Buarque é que usa chapéu de verdade. O chapéu, que já foi considerado símbolo de liberdade e item obrigatório do guarda-roupa de qualquer homem que se prezasse na década de 40, volta para o armário dos mais antenados.


Como usar

Tanto os gorros quantos os chapéus caem bem com um look simples, como jeans e camiseta. No inverno, vale usar um paletó ou um sobretudo. Cuidado só para não usar um chapéu muito sério com um terno, e ficar parecendo um personagem saído de um filme noir. Na dúvida, aposte num look simples, onde o chapéu seja o centro das atenções.

Os filmes de Hollywood dos anos 40 comumente traziam atores usando o fedora, como Humphrey Bogart em Casablanca ou em O Falcão Maltês, além de identificar o estereótipo de gangsters e detetives.
Esse chapéu aparece também em dois filme franceses, chamados Borsalino (1970), com Jean Paul Belmondo e Alain Delon, e Borsalino & Cia (1974), com Alain Delon, ambos dirigidos por Jacques Déray, e cuja ação se passa em Marselha em 1930 e 1934.
É também o chapéu utilizado pelo personagem Indiana Jones na série de filmes dirigida por Steven Spielberg.



Os chapéus sempre foram usados para demonstrar o status do homem. Dos primeiros modelos, estão os com as abas dobradas (usado por Luiz XIV, que não gostava de esconder seus cachinhos), e a boina (surgida no século XVI), que possuia um laço interno para que pudesse ser ajustada. Durante a Revolução Francesa surgiram os chapéus de copa alta e formato côncavo, que se desenvolveram até as cartolas.

Assim como a cartola, outros tipos de chapéu foram eternizados por certas épocas, como o chapéu coco - ícone de Charles Chaplin - que foi criado em 1850 na Inglaterra, e se imortalizou como símbolo do "homem moderno" que participava da primeira revolução industrial.

Não foi muito depois disso que o chapéu estilo cowboy entrou em voga. Mas, ao contrário do que se pode pensar, este chapéu não é criação do americano John B. Stetson, que já o produzia em larga quantidade em 1906. Tido como Mexicano (onde as abas evoluíram mais ainda) há quem diga que, na verdade, o chapéu dos cowboys veio da Espanha.



Nem cartola, nem coco, nem cowboy. Quem mandou no século passado, e até hoje, foi o chapéu Fedora. Imortalizado por grandes ídolos, como Humphrey Bogart, John Kennedy e Indiana Jones, o Fedora é o chapéu campeão de vendas até hoje .




E o Panamá? Bom, o famoso modelo nada mais é do que um Fedora feito em palha (o original é de feltro). Aliás, é este o chapéu que aparece em mais da metade dos catálogos masculinos deste inverno. Não exatamente o modelo original, mas uma cópia com as abas um pouco menores: quase uma mistura do chapéu coco e do Fedora.



E pra quem ainda não aceitou a volta total do look anos 20/30 dos chapéus mais estruturados, os bons e velhos gorros ainda ainda podem ser encontrados no melhor estilo Chaves, com abas sobre as orelhas.

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